O jornalismo online é conhecido por vários outros nomes, tais como webjornalismo, ciberjornalismo, jornalismo electrónico ou jornalismo digital. Este é um tipo de jornalismo que se tem desenvolvido de mãos dadas com a tecnologia da Internet. Inicialmente não passando de simples versões dos jornais impressos disponibilizadas em sítios da Internet, o jornalismo online foi criando o seu espaço e a sua independência, tornando-se em algo completamente à parte das versões impressas.
O webjornalismo tem várias características muito específicas. Uma delas é sem dúvida a instantaneidade. Enquanto que na versão impressa de um jornal, apenas lemos as notícias referentes ao dia anterior à sua publicação, o jornalismo electrónico permite-nos ler a informação mal ela acaba de acontecer. Isto é muito importante para os leitores mais exigentes, que procuram estar informados acerca de tudo o que se passa de novo.
Outra das suas características e a possibilidade de interactividade do leitor. O leitor sente-se tentado a comentar, a dar a sua opinião acerca daquilo que lê, para ser apoiado por outros leitores que pensem o mesmo que ele. Com o jornalismo online, isto tornou-se muito mais fácil e, o melhor, pode acontecer em tempo real. Além disto, a possibilidade de grande armazenamento de informação torna possível consultar facilmente notícias do passado, buscar informações que não são recentes, buscar os antecedentes de qualquer notícia.
O ciberjornalismo tem ainda a grande vantagem de poder fornecer uma informação mais completa e personalizada, que pode ser apoiada por outros suportes multimédia, tais como o áudio, o vídeo, a criação de hiperligações para sítios onde o assunto seja também abordado ou mesmo a utilização de imagens com qualidade infinitamente superior à que se consegue pela impressão.
Apresentando todas estas vantagens no que diz respeito às versões impressas de qualquer jornal, o jornalismo online foi ganhando cada vez mais popularidade entre os ciberbnautas, levando mesmo à criação de alguns jornais que funcionam somente online, como é o caso do Portugal Diário ou o Diário Digital.
16/06/2005
02/06/2005
Trabalho de Online - Tráfico de Influencias no Caso dos Sobreiros
O ex-dirigente do CDS/PP, Abel Pinheiro e ainda alguns ex-ministros do antigo governo de coligação PSD-CDS/PP foram constituídos arguidos num caso de tráfico de influências. No despoletar do caso está um despacho, assinado pelos então ministros da Agricultura, Costa Neves, do Turismo, Telmo Correia e do Ambiente, Nobre Guedes.
Este despacho favorecia um projecto da empresa Portucale, pertencente ao Grupo Espírito Santo, para a construção de um empreendimento turístico na Herdade da Vargem Fresca, em Benavente, sendo que para isso seria necessário o abate de 2605 sobreiros.
Há cerca de dez anos que a Portucale tentava concretizar este projecto, algo que nunca lhe foi permitido devido à legislação de protecção do sobreiro em vigor. Assim, para a realização deste projecto, ele teria de ser considerado de utilidade publica por entidades competentes.
Na base desta acusação aos ministros, estão mais de cinco mil gravações de conversas telefónicas, gravadas num período de cinco meses, que ocorreram entre a dissolução do governo e as eleições legislativas de 20 de Fevereiro. As conversas dessas gravações envolvem Nobre Guedes e ainda três administradores do Grupo Espírito Santo, Luís Horta e Costa, José Manuel Sousa e Carlos Calvário, que foram também constituídos arguidos neste caso.
Segundo os documentos oficiais, este documento terá sido concluído quatro dias antes das eleições, ou seja, a 16 de Fevereiro. No entanto, a SIC apresentou recentemente provas de que, na verdade, o despacho só terá ficado totalmente concluído a 28 de Fevereiro, oito dias após as eleições que retirar este governo do poder, o que agrava ainda mais as acusações contra os envolvidos neste processo.
O abate dos sobreiros em questão foi impedido por ambientalistas da Quercos, que se fizeram ouvir junto dos tribunais, levando o actual ministro da Agricultura, Jaime da Silva, a rever o caso e a revogar o despacho, a 26 de Março.
Devido a esta ilegalidade cometida por ministros do governo de Santana Lopes (da qual o ex primeiro-ministro afirma não ter tido de todo conhecimento), os actuais ministros estão a rever todas as medidas e actuações do antigo governo, pelo menos as da altura em que este supostamente devia apenas ter tomado apenas as atitudes estritamente necessárias (e só essas) para a administração do país, uma vez que estava simplesmente em gestão.
Em que consiste o Tráfico de Influências?
O tráfico de influências consiste numa troca de favores pessoais, aproveitando cargos de superioridade, para favorecimento político, financeiro, partidário, etc.
É um crime que pressupõem o contorno da lei através do uso da superioridade hierárquica de um qualquer cargo.
No Caso Portucale, o tráfico de influências aconteceu por parte dos ministros que assinaram o despacho que permitia o abate dos sobreiros em Benavente. O abate dos sobreiros para a construção do empreendimento turístico era proibido devido a uma lei proteccionista destas árvores. Assim, tentou-se contornar esta lei através da assinatura do despacho pelos ministros do Ambiente, Turismo e Agricultura, viabilizando, assim, um projecto que deveria ser rejeitado.
Este despacho favorecia um projecto da empresa Portucale, pertencente ao Grupo Espírito Santo, para a construção de um empreendimento turístico na Herdade da Vargem Fresca, em Benavente, sendo que para isso seria necessário o abate de 2605 sobreiros.
Há cerca de dez anos que a Portucale tentava concretizar este projecto, algo que nunca lhe foi permitido devido à legislação de protecção do sobreiro em vigor. Assim, para a realização deste projecto, ele teria de ser considerado de utilidade publica por entidades competentes.
Na base desta acusação aos ministros, estão mais de cinco mil gravações de conversas telefónicas, gravadas num período de cinco meses, que ocorreram entre a dissolução do governo e as eleições legislativas de 20 de Fevereiro. As conversas dessas gravações envolvem Nobre Guedes e ainda três administradores do Grupo Espírito Santo, Luís Horta e Costa, José Manuel Sousa e Carlos Calvário, que foram também constituídos arguidos neste caso.
Segundo os documentos oficiais, este documento terá sido concluído quatro dias antes das eleições, ou seja, a 16 de Fevereiro. No entanto, a SIC apresentou recentemente provas de que, na verdade, o despacho só terá ficado totalmente concluído a 28 de Fevereiro, oito dias após as eleições que retirar este governo do poder, o que agrava ainda mais as acusações contra os envolvidos neste processo.
O abate dos sobreiros em questão foi impedido por ambientalistas da Quercos, que se fizeram ouvir junto dos tribunais, levando o actual ministro da Agricultura, Jaime da Silva, a rever o caso e a revogar o despacho, a 26 de Março.
Devido a esta ilegalidade cometida por ministros do governo de Santana Lopes (da qual o ex primeiro-ministro afirma não ter tido de todo conhecimento), os actuais ministros estão a rever todas as medidas e actuações do antigo governo, pelo menos as da altura em que este supostamente devia apenas ter tomado apenas as atitudes estritamente necessárias (e só essas) para a administração do país, uma vez que estava simplesmente em gestão.
Em que consiste o Tráfico de Influências?
O tráfico de influências consiste numa troca de favores pessoais, aproveitando cargos de superioridade, para favorecimento político, financeiro, partidário, etc.
É um crime que pressupõem o contorno da lei através do uso da superioridade hierárquica de um qualquer cargo.
No Caso Portucale, o tráfico de influências aconteceu por parte dos ministros que assinaram o despacho que permitia o abate dos sobreiros em Benavente. O abate dos sobreiros para a construção do empreendimento turístico era proibido devido a uma lei proteccionista destas árvores. Assim, tentou-se contornar esta lei através da assinatura do despacho pelos ministros do Ambiente, Turismo e Agricultura, viabilizando, assim, um projecto que deveria ser rejeitado.
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